Não gosto dos modos de Vasco de Graça Moura, quando insulta outrem nas suas críticas, mas nesta aberração de Acordo, estou de acordo com ele e admiro a sua posição... embora saiba que não vai dar em nada, pois este massacre da nossa língua foi um processo "cozinhado" muito escondidamente e à revelia das instituições que o podiam fazer bem, além de ser contra a maioria daqueles que a utilizam profissionalmente, como os escritores. Uma das cabeças deste processo creio que foi o Prof. Malaca Casteleiro, assistente na Faculdade de Letras e meu professor de Linguística, há muitos anos. Indiano, falando com um acento forte, por vezes difícil de entender, deveria defender a existência das variantes próprias de cada país de língua portuguesa, independentemente da que se quisesse adoptar para a escrita oficial na Europa ou no resto do mundo. Não me incomoda nada que usem a versão brasileira na ONU, na UE ou nos E.U., incomoda-me e prejudica-me muito na minha escrita e nas minhas leituras, obrigarem-me a escrever e a ler num português que não é o de Portugal e que não respeita sequer as variantes dialectais do nosso país.