L’ADEPBA
rend hommage à la mémoire de Jean-Michel MASSA, Professeur honoraire à
l’Université de Haute-Bretagne Rennes II, décédé le 16 mai 2012. L’ADEPBA
salue en Jean-Michel Massa le chercheur, l’enseignant, celui qui
avait su prendre des responsabilités pour soutenir la cause de
l’enseignement de la langue portugaise et de la culture lusophone,
dans leurs variétés. Pour s’en tenir ici aux grandes lignes d’un
parcours intellectuel, c’est ainsi que Jean-Michel MASSA s’était
d’abord intéressé au Brésil : sa thèse sur la jeunesse de Machado de
Assis fut la première thèse de littérature brésilienne à être
imprimée en France (1971). Cette curiosité dans la diversité s’était aussi
manifestée par son ouvrage concernant São Tomé et Principe de 1485 à 1755,
en collaboration avec I. Batista de Sousa, ou encore par l’anthologie
de contes Fablier de São Tomé, élaboré avec son épouse, Françoise Massa. Le linguiste s’était
illustré avec la publication d’un Dictionnaire bilingue portugais-français des particularités
de la langue portugaise, rédigé avec Luc Pérez. Jean-Michel MASSA avait encore fortement
contribué à la mise en place d’outils de travail pour l’enseignement de la
langue, comme en témoignent les deux tomes de la méthode
Apprendre le portugais aujourd’hui. Enfin,
l’ADEPBA n’oublie pas que Jean-Michel MASSA avait été son Président
de novembre 1978 à Novembre 1980. Nos pensées vont vers son épouse et
l’ensemble de sa famille.
Christophe GONZALEZ
Président de l’ADEPBA
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mercredi 30 mai 2012
Hommage à Jean-Michel MASSA
IUm espartilho absurdo
Saúdo a posição dos estudantes;
no meio de tanta apatia, é um grande sinal esta demonstração de
cidadania contra este “Acordo”. É urgente desmascarar o “A”O, que
significa
- precedência de critérios de natureza política e económica,
nomeadamente interesses dos grandes grupos multinacionais de
informática, sobre os critérios científicos (15 pareceres científicos
são muito críticos, apenas um, do A. do “Acordo”, é elogioso);
- acto de indevido poder político, de resquícios coloniais, ao ser um acordo proposto e assinado por 2 países à revelia de todos os outros que, usando a Língua Portuguesa, alcançaram a independência política e não foram convidados a pronunciar-se sobre o assunto;
- imposição de natureza política sobre a língua, totalmente inaceitável;
- falta de consciência histórica, ao não considerar que as línguas são organismos vivos, com específicas derivas legítimas, e que por isso, quer o Português Europeu quer o Português do Brasil e todos os outros dos PALOPs não podem ser “acorrentados” a um espartilho absurdo, sem efeitos práticos e inaceitável;
- destruição da norma ortográfica, através de um sem número de facultatividades que minam a coerência linguística e anulam o efeito de “unificação” pretensamente perseguido;
- consequente instauração do caos ortográfico, como está aliás à vista nos meios de comunicação e nas posições pessoais;
- falência de um dos argumentos decisivos dos defensores de tal “Acordo”, ou seja, o argumento da unificação ortográfica;
- má-fé e falência do argumento de que um AO “facilitaria a comunicação e o fortalecimento do Português nas instâncias internacionais”. Não há incompreensão, através da língua, portuguesa, entre falantes portugueses, brasileiros e outros países de língua oficial portuguesa. A analogia internacional de casos semelhantes vale aqui: nunca um tal acordo foi necessário quer para o inglês, quer para o espanhol, quer para o francês. Com o português, estas são as 4 línguas que, através da expansão colonial, passaram para outros continentes;
- perda de identidade histórico-linguística, ao serem levadas a um nível residual, do ponto de vista ortográfico, as ligações ao Latim, ligações que distinguem a generalidade das línguas cultas europeias;
- desaparecimento do português europeu das instâncias políticas e culturais internacionais;
- desaparecimento do português europeu dos leitorados e Universidades estrangeiras com ensino de Português:
- desaparecimento do português europeu de instrumentos de comunicação como a Wikipédia ou a BBC (v. respectivo site), onde já só surge, entre as várias línguas, o “Brazilian”. O “Portuguese” desapareceu.
Por Ana Isabel Buescu, professora universitária (de História).
Publicado no BLOG da ILC - http://ilcao.cedilha.net/?p=6221&cpage=1#comment-7332
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