Caros
Amigos,
A
educação está de novo na ribalta! Para melhor, para pior?
Pessoalmente não sei e não posso dar, portanto, a minha opinião
sobre isso. O que me parece grave é este modo político de actuar
que vem marcando a educação nacional há anos: sem debate, sem
esclarecimentos, sem análises aprofundadas e esclarecidas, vai-se
mudar de novo. Em suma, o laboratório experimental continua a
funcionar, com as pequenas cobaias sempre ao dispor!
Como
a mensagem que tentei enviar ao programa "Discurso Direto",
da TVI, com Paula Magalhães,
por três vezes me foi devolvida (postmaster@MEDCAP.PT),
decidi
reencaminhá-la para os meus contactos habituais
(ver abaixo).
Ex.mos Senhores,
Tenho estado
a seguir este programa e tentei intervir por telefone, mas não
consegui. Fui professora de Português e Francês e, embora
reformada, não posso alhear-me dos problemas da educação, pelo
respeito que me merecem as crianças e jovens do meu país e o futuro
de Portugal.
A minha
pergunta é esta: como é possível, mais uma vez, discutir a
educação em Portugal, sem pôr em causa a 'imposição ditatorial e
anti-democrática', no sistema de ensino, do Acordo Ortográfico de
1990 (AO90), que nos destrói a língua - nosso património colectivo
identitário e estruturante - e tem sido condenado pelos mais
credenciados especialistas e recusado pela grande maioria dos
portugueses? E mais uma vez, pais, encarregados de educação,
professores e políticos calam-se, dobram-se e nem sequer questionam
o AO90 em si nem os processos duvidosos que conduziram à sua
aprovação e aplicação entre nós, nomeadamente a RES. AR n.º
35/2008 e a RES. do Conselho de Ministros de José Sócrates
n.º8/2011, de 9 de Dezembro de 2010, prontamente posta em prática
pelo governo de Passos Coelho, a partir do ano lectivo de 2011-2012.
Para
quem não leu ou anda muito distraído, proponho a leitura de um
texto meu, já publicado no sítio da ILCAO:
"A
HERANÇA"
Verba
volant, scripta manent...:
Os
meus cumprimentos,
Maria
José Abranches Gonçalves dos Santos
Lagos